segunda-feira, 16 de maio de 2011

Nazireus

O voto de nazireado (ou nazireato), foi institucionalizado e regulamentado na Torá no Livro de Números 6:1-21. Em virtude desta consagração, o nazireu devia abster-se de tomar certos alimentos e bebidas fermentadas, de cortar o cabelo e tocar em cadáveres, além de nao comer carne em muitas circunstancias, romanos 14.21 mostra uma carta de Paulo, em seu tempo nazireato. Estas exigências particulares parecem traduzir os seguintes princípios: manter-se mentalmente são ("abster-se de vinho e de bebida fermentada") e em sujeição a Deus (simbolizado pelo não cortar o cabelo) e manter-se cerimonialmente puro (não tocar em cadáveres). Havendo contacto com cadáveres, os dias de voto tomados seriam considerados inválidos e o voto teria que ser retomado. Porém, antes de retomar o voto, o nazireu passava por uma semana completa de purificação, no termo da qual rapava o cabelo (Números 6:9).
Sansão (Juízes 13:4-7, 16, 17) e Samuel (I Samuel 1:11) eram nazireus desde o nascimento. Em virtude desta consagração, tanto a mãe, durante a gravidez, como o futuro nazireu deviam abster-se de certos alimentos como carnes e bebidas fermentadas, de cortar o cabelo e tocar em cadáveres. O não tocar em cadaveres, leva a alguns filosofos a crer que eles nao comiam carne, e outros, dizem que nao comiam apenas as ditas como impuras, vistos no livro de leviticos, de moises.
Após a conclusão do seu voto, o nazireu realizava o ritual de purificação e fazia três oferendas no Santuário. Um voto dito "à semelhança de Sansão" era um voto para toda a vida.
Os registros judaicos dizem que essas pessoas eram, freqüentemente, as que não bebiam vinho ou qualquer bebida feita de uvas, ou que não cortavam o cabelo, ou que não tocavam nos mortos. Os mesmos registros nos dizem que a história ou origem da seita nazarita na antiga Israel é obscura.
Afirmam também que Sansão era nazireu, como o fora sua mãe, e que a mãe de Samuel prometera dedicá-lo à seita dos nazireus. Os registros judaicos também dizem que era comum os pais dedicarem seus filhos menores à seita nazireu.
Esses registros judaicos dizem que Lucas I: 15 é uma referência a esta dedicação. A rainha Helena, e Míriam de Palmira são mencionadas como nazireus nos registros judaicos, e muitas outras pessoas famosas na literatura sacra são apresentadas como nazireus. Está claramente indicado em muitos registros históricos que os termos Nizereu e Nazareno nada tinham a ver com uma cidade ou vila chamada Nazaré. O último nazireu que se tem registro é exatamente Joao Baptista, primo de Jesus.
Nazireus no cristianismo

João Baptista teria sido também um nazireu, embora o Novo Testamento nunca se refira a ele usando diretamente este termo. O seu estatuto de nazireu deduz-se devido ao seu estilo de vida ascético; em Lucas 1:15 o anjo informa a Zacarias, pai de João, que a sua mulher dará à luz um filho que "não beberá vinho nem bebida alcoólica".
O apóstolo Paulo, junto com outros cristãos, fizeram também um voto temporário de nazireato. (Atos 18:18; 21:23-26).
Este tipo de consagração é considerado pelos teólogos católicos como modelo precursor do monasticismo cristão. Já outras denominações cristãs, encaram-no como precursor do ministério religioso por tempo integral. Embora depois da destruição do segundo templo de Jerusalém o voto Nazireu oficialmente foi extinto pois ele era possível somente com o templo em funcionamento, O Segundo Templo foi o templo que o povo judeu construiu após o regresso a Jerusalém, finda a Captividade Babilónica, no mesmo local onde o Templo de Salomão existira antes de ser destruído. Manteve-se erigido entre 515 a.C. e 70 DC quando foi destruído pelos Romanos, tendo sido, durante este período, o centro de culto e adoração do Judaísmo.

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